Relativismo
O relativismo é a visão de que verdade e falsidade, certo e errado, padrões de raciocínio e procedimentos de justificação são produtos de diferentes convenções e estruturas de avaliação e que sua autoridade está confinada ao contexto que lhes dá origem.
Tratamos também aqui no dicionário direito sobre corrupção, facismo e fake news. Hoje veremos o conceito de relativismo e sua aplicação no contexto moral, ético e filosófico.
Por isso, é algumas vezes identificado (geralmente por seus críticos) como a tese de que todas as perspectivas são válidas na mesma medida.
Relativismo Ético e Filosofia
A ética equivale a dizer que todas as moralidades são igualmente boas; na epistemologia, implica que todas as crenças, ou sistemas de crenças, são igualmente verdadeiras. Críticos do relativismo afirmam que tais visões são prejudiciais, uma vez que minam a iniciativa de tentar melhorar nossos modos de pensar.
Para entendermos relativismo e a filosofia, devemos entender primeiro que a filosofia trabalha com argumentos, e não com proposições impostas. Desta forma, a relatividade dos argumentos pode ser trabalhada de forma imparcial na filosofia, dado que no meio relativista a percepção dos eventos será determinada pela visão do interlocutor.
Relativismo Cognitivo, Moral e Situacional
Sob o conceito de relativismo, é possível categorizar alguns grupos de pensamento, tais como:
Relativismo cognitivo (verdade): afirma que toda a verdade é relativa e, por isso, nenhuma pode ser considerada mais correta que a outra, já que um modelo consolidado não existe.
Relativismo moral ou ético: todas as morais estão relacionadas ao grupo social na qual foram produzidas.
Relativismo situacional: aquilo que é certo e errado deve ser definido de acordo com a situação.
Embora existam muitos tipos de relativismo, todos eles têm duas características em comum.
A primeira é que todos eles afirmam que uma coisa (exemplo: valores morais, beleza, conhecimento, gosto ou significado) é relativa a algum contexto ou ponto de vista particular, como o sujeito individual, uma cultura, uma era ou uma linguagem.
O segundo é que todos eles negam que qualquer ponto de vista é privilegiado sobre todos os outros.
Exemplo de Relativismo
Com base no que já vimos, é possível dizer que se o relativismo ético, por exemplo, está correto, pois não haveria sentido em reformar ou melhorar a moral de nossa própria sociedade, já que não haveria um padrão contra o qual as práticas existentes de nossa sociedade pudessem ser julgadas deficientes.
Um exemplo de relativismo seria abandonar a escravidão, por exemplo, não seria progresso moral, só estaria substituindo um conjunto de padrões por outro.