Realismo e Naturalismo
Dentro da literatura brasileira, podemos identificar diversos movimentos culturais, sendo dois dos principais o Realismo e o Naturalismo. Ambos surgiram por volta do mesmo período, mas possuem diferenças significantes, tal como sua estética.
Tratamos aqui no dicionário direito sobre temas como: liberalismo e neoliberalismo, comunidade dos estados independentes, marxismo, e misoginia. Agora veremos o que são realismo e naturalismo, conceito, significado, e principais diferenças.
Antes de citar suas diferenças, é importante destacar que ambos promovem a quebra com o Romantismo, produzindo personagens e tramas que representam a sociedade de forma mais realista, sem a heroicidade do movimento anterior.
Também vale dizer que ambos se estenderam às artes visuais (pintura, arquitetura, escultura e teatro).
O que é Realismo?
O significado de Realismo foi criado no século XIX, e é caracterizado por apresentar uma estética de reação ao romantismo.
Seu propósito é trazer uma visão de verdade, ideias materialistas, racionais, ou seja, contrárias a até então vigente visão romântica. Surgiu paralelamente ao evolucionismo de Darwin, ao positivismo de Comte, ao socialismo de Marx e a todos os outros autores que abordavam uma visão racional do mundo.
O que é Naturalismo?
Já o significado de Naturalismo é visto como uma radicalização do Realismo, também conhecido como um realismo mais exagerado.
O foco do Naturalismo são os aspectos mais negativos existentes na sociedade. Dentro da literatura naturalista, o homem é visto como um animal, completamente guiado pelo mundo natural.
Diferenças entre Realismo e Naturalismo
Algumas das características Realismo são: objetividade, racionalismo, anticlerical, critica social e exploração.
Por sua vez, as características do naturalismo incluem: o cientificismo, a diversidade e o autoritarismo dentro da educação.
Contudo, a grande característica que diferencia as duas correntes é que a visão do Realismo é ampla e faz um levantamento geral da sociedade, enquanto o Naturalismo possui um foco: ele busca encontrar o que há de mais “podre” na sociedade (política, crime, adultério, etc.).
Podemos citar algumas obras como grandes marcos de ambos os movimentos, sendo elas:
- Realismo: “Madame de Bovary” – Gustave Flaubert, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” – Machado de Assis, e “ O crime do padre Amaro” – Eça de Queirós.
- Naturalismo: “Thérèse Raquin” – Émile Zola, “O Mulato”, “Casa de pensão” e “O cortiço” – Aluísio de Azevedo, e “O ateneu” – Raul Pompéia.