Equity: O que é? Definição, Private, Exemplos

O termo equity possui diferentes significados dependendo do contexto em que é utilizado, variando entre finanças, direito e práticas corporativas. Em geral, refere-se a um conceito de justiça e participação acionária. A seguir, exploraremos as principais definições e aplicações de equity.

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O Que é Equity?

No mundo dos negócios e das finanças, equity pode ser entendido como a participação no capital de uma empresa. Trata-se do valor pertencente aos acionistas após a dedução de todas as obrigações e dívidas da empresa. Ou seja, é o patrimônio líquido dos acionistas, composto pelo investimento inicial e pelos lucros acumulados da organização.

No contexto de startups e empresas de capital aberto, equity representa a parcela do negócio que pertence aos investidores, fundadores e demais participantes, que, em troca, assumem uma parte dos riscos e das recompensas associadas ao sucesso da empresa.

Além disso, equity pode se referir à justiça e equidade, sendo um princípio fundamental em várias disciplinas, como o direito, para garantir tratamento justo e equilibrado entre todas as partes envolvidas.

Definição de Equity em Diferentes Contextos

  1. Equity no Mercado Financeiro

No mercado financeiro, equity refere-se à participação acionária que um investidor possui em uma empresa. Quando você compra ações de uma empresa, está adquirindo uma fração de seu capital, o que lhe dá direito a participar de seus lucros e a exercer influência sobre suas decisões, dependendo da quantidade de ações que possui.

Em um balanço patrimonial, o equity é representado pelo patrimônio líquido da empresa, ou seja, a diferença entre seus ativos e passivos. Esse valor corresponde ao total de capital que pertence aos acionistas após o pagamento de todas as dívidas.

  1. Equity em Startups

No ambiente de startups, o equity é uma forma de compensação oferecida aos fundadores, investidores e funcionários. Ele representa uma parte da propriedade da empresa, e, em muitos casos, é uma alternativa ao pagamento em dinheiro, especialmente no estágio inicial, quando o fluxo de caixa é limitado.

Os fundadores geralmente retêm uma parcela significativa do equity, enquanto o restante é distribuído entre investidores e colaboradores. À medida que a startup cresce, o equity pode aumentar de valor, tornando-se uma fonte potencial de grandes retornos para os detentores de ações.

  1. Private Equity

Private equity é uma modalidade de investimento em empresas que não são negociadas publicamente em bolsas de valores. Investidores de private equity adquirem participações em empresas privadas, muitas vezes com o objetivo de melhorar sua eficiência, gerar valor e, eventualmente, vendê-las por um preço mais alto ou abrir seu capital por meio de uma oferta pública inicial (IPO).

Os investimentos em private equity são geralmente feitos por fundos de investimento que possuem grandes quantias de capital, e os retornos podem ser elevados, mas também envolvem riscos substanciais.

  1. Equity e Justiça

No campo do direito, equity se refere a um conjunto de princípios que visam garantir que as decisões legais sejam justas e imparciais. A equidade, nesse contexto, busca corrigir desigualdades e assegurar que as partes envolvidas em um litígio recebam tratamento adequado e equilibrado, além de levar em conta as particularidades de cada caso.

Como Funciona o Equity em Empresas

Quando falamos de empresas, o equity é distribuído principalmente entre:

  • Fundadores: Detentores da maior parte do equity no início da empresa, que diminui à medida que novas rodadas de investimento ocorrem.
  • Investidores: Aqueles que compram ações ou investem dinheiro na empresa em troca de uma parte do equity. Com o crescimento da empresa, o valor do equity dos investidores pode aumentar.
  • Funcionários: Muitos colaboradores recebem opções de compra de ações ou participação acionária como parte de sua remuneração, especialmente em startups.
  1. Vesting e Cliffs

Em startups, é comum que os funcionários recebam equity por meio de um mecanismo chamado vesting. O vesting refere-se ao processo pelo qual os colaboradores ganham direito às suas ações ao longo do tempo, geralmente em um período de 3 a 4 anos. O período inicial em que os funcionários não podem exercer suas opções de ações é conhecido como cliff.

Por exemplo, um funcionário pode receber uma oferta de 2% de equity em uma startup, com um cliff de 1 ano e vesting de 4 anos. Isso significa que, após o primeiro ano de trabalho, ele ganhará o direito a 25% do total prometido, e o restante será adquirido proporcionalmente ao longo dos próximos anos.

  1. Diluição

Com o tempo, à medida que a empresa levanta novas rodadas de financiamento e emite mais ações, os detentores de equity podem sofrer diluição. A diluição ocorre quando a participação acionária de cada acionista existente diminui, porque novas ações são emitidas para atrair novos investidores.

No entanto, a diluição nem sempre é algo negativo, pois novas rodadas de financiamento podem aumentar o valor total da empresa, fazendo com que a parcela menor de equity tenha um valor maior.

Exemplos de Aplicação do Equity

  1. Aquisição de Participação em Empresas

Em muitas aquisições de empresas, os compradores adquirem parte do equity em troca de capital. Por exemplo, um investidor de private equity pode comprar 30% de uma empresa em crescimento, ajudando-a a expandir e, eventualmente, vendendo sua participação com lucro após a valorização da empresa.

  1. Oferta Pública Inicial (IPO)

Quando uma empresa decide abrir seu capital, ela vende ações ao público por meio de uma Oferta Pública Inicial (IPO). Os investidores que adquirem essas ações tornam-se proprietários de parte do equity da empresa. A valorização do equity desses investidores dependerá do desempenho da empresa nos mercados públicos.

Vantagens e Desvantagens do Equity

Vantagens:

  • Potencial de Alta Valorização: Investidores em equity podem ter retornos elevados, especialmente em empresas de rápido crescimento.
  • Participação nos Lucros: Os acionistas têm direito a dividendos e participam do sucesso da empresa.
  • Influência nas Decisões: Acionistas com maior participação podem ter mais poder de decisão dentro da empresa.

Desvantagens:

  • Diluição: Com o tempo, o equity de cada acionista pode ser diluído à medida que mais ações são emitidas.
  • Risco: Investir em equity, especialmente em startups, pode ser arriscado, pois o valor das ações pode cair ou a empresa pode falir.

Perguntas Frequentes sobre Equity

  1. O que é equity em startups?

Equity em startups é a participação no capital da empresa, geralmente oferecida a fundadores, investidores e funcionários como parte de sua compensação.

  1. Qual a diferença entre equity e ações?

Equity é a participação no patrimônio líquido de uma empresa, enquanto ações são uma representação dessa participação. Quem compra ações está adquirindo parte do equity da empresa.

  1. O que é diluição de equity?

Diluição de equity ocorre quando a participação acionária de um investidor diminui após a emissão de novas ações por parte da empresa.

  1. Como o equity é valorizado?

O valor do equity depende da avaliação da empresa, que pode aumentar ou diminuir com base no desempenho financeiro e nas expectativas de mercado.

  1. O que é private equity?

Private equity é um tipo de investimento feito em empresas que não são negociadas publicamente, com o objetivo de melhorar seu desempenho e vendê-las com lucro no futuro.

Conclusão

O equity é um conceito central em finanças e negócios, representando a participação no capital de uma empresa e os direitos dos investidores sobre os lucros e ativos.

Seja no mercado financeiro, em startups ou no campo da justiça, equity desempenha um papel crucial na criação de valor e na promoção de práticas justas e equilibradas. Entender como o equity funciona é essencial para investidores, empresários e qualquer pessoa envolvida em negócios.

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